quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Homens, Poder e Política


Homens, Poder e Política

Jeziel Faria de Jesus

Todo ser humano é um ser gregário por natureza (nas palavras de Aristóteles: um animal político), ou seja, tem a necessidade de viver em grupos sociais. Mas viver em coletividade trouxe muitas conseqüências, boas e ruins, nas quais tiveram que se adaptar.
Viver em grupos garantiu ao ser humano a sobrevivência, onde um protege o outro. Mas como sabemos o “homem é mal por natureza” (Hobbes) e a partir do momento em que passam a conviver com o “outro” surgem os primeiros conflitos. Acostumados a viver sozinhos sem regras para regular sua liberdade, torna-se dificultoso viver em um grupo e respeitar a individualidade de cada pessoa. Como conseqüências surgem as primeiras regras para tornar o convívio, no grupo social, mais fácil.
Com a finalidade de manter a unidade e de satisfazer as necessidades básicas do grupo, nasce a idéia de escolher alguém para liderar e proteger os indivíduos. Neste momento, dá início ao que conhecemos hoje como política. Mas a política propriamente dita tem origem na Grécia em suas cidades-estado chamadas de “polis”.
A política é a arte ou a ciência da organização e esta ligada a noção de poder, podendo ser classificada como meio adequado do exercício do poder do homem sobre o homem. O poder político tem por objetivo a criação de políticas públicas para atender as necessidades básicas da sociedade e garantir a unidade através da força que é regulada pelo direito. O diferencial entre o poder político e as outras formas de poder que se desenvolve no seio da sociedade está exatamente na legitimidade no emprego da força física.
O exercício do poder político, na maioria das vezes, tem se desviado do objetivo principal. Tem se criado meios de alienação dos, da mesma forma que aconteceu em Roma, onde foi criada a política do pão e circo para manter a população ocupada e despreocupada com os problemas da vida. Enquanto tem novelas, futebol e bolsa-família, a sociedade esquece dos problemas que a cercam e não participa da vida política. O exercício da cidadania não deve ser realizado apenas no dia de votar, é dever de todos estar sempre atentos e exigir que os governantes cumpram as promessas e desempenhem suas funções da melhor forma possível. A participação na política é o primeiro passo para um país melhor.